Made in exterior

Por: Marcos Ramos
O Brasil é conhecido por aí a fora como o "país do futebol". Isso se deve, por exemplo, ao fato de sermos o único país pentacampeão do mundo, e porque diversos jogadores brasileiros já encantaram os amantes do esporte mais popular do planeta. Mas é inegável que estamos vivendo uma "crise" com esse legado que foi construído.
Jogadores vão pra Europa cada vez mais cedo, o que enfraquece nosso futebol nacional. Ouvimos constantemente que os treinadores precisam se atualizar e aprender com os lá de fora. Será que é por isso que os números de estrangeiros no Brasil não param de crescer?
Segundo o Transfermarket, existem 70 jogadores estrangeiros espalhados pelos 20 clubes na Série A, além dos 3 treinadores. Um deles é o japonês Keisuke Honda, que atua pelo Botafogo. O meia de 34 anos, que já disputou Copa do Mundo, chegou ao Glorioso no início desse ano.
Foi perguntado ao José Roberto Coutinho, administrador do perfil @JapaoFcBr no Twitter e do blog japaofc.com, sobre a importância do Samurai no alvinegro carioca, e no futebol brasileiro de forma geral. Ele respondeu: "A chegada do Honda é benéfica em muitos sentidos. Para o Botafogo, além da qualidade como meia, o clube expande ainda mais a sua marca a nível internacional". Além disso, José destacou a importância do japonês além das 4 linhas. "Fora do campo, ele é espelho e um exemplo de ser humano a ser seguido. O Samurai tem sido luz para o zagueiro Marcelo Benevenuto, que todo dia é motivado pelo japa para aprender inglês".
E o que fica de aprendizado com a chegada dos estrangeiros? Com certeza, serve pra nós brasileiros esquecermos a ideia de que apenas a gente entende sobre futebol, e que estamos sempre à frente dos demais. E enquanto pensarmos dessa maneira, na verdade eles que estarão à frente de nós.