Ônibus de São Gonçalo Niterói e Maricá operam com apenas 10% da frota

24/03/2020
Foto: Ricardo Duarte
Foto: Ricardo Duarte

Pelo menos 201 linhas de ônibus municipais e intermunicipais, de 19 empresas, que circulam a partir de Niterói, São Gonçalo e Maricá, estão operando com 10% a 15% de suas frotas. As 69 linhas, de 12 dessas companhias, que transportam passageiros para o Rio de Janeiro, estão com suas atividades totalmente suspensas. 

Essa constatação é do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) que, nesta segunda-feira (23), realizou assembleias ao longo do dia em companhias de Niterói e Maricá para tentar impedir demissões em massa no setor . "A situação pode ser ainda mais grave, pois existem outras empresas, com circulação menor de linhas, que também estão passando por problemas sérios. 

Até agora nenhum governo atentou para a questão dos rodoviários, que integram um serviço essencial para a sociedade e estão entregues à própria sorte", afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira. Nas assembleias desta segunda-feira, o sindicato confirmou que quatro empresas de ônibus de Niterói e uma de Maricá, que atuam em 79 linhas municipais e intermunicipais, estão operando com apenas 10% de suas frotas e suas viagens para a capital foram paralisadas. 

Para impedir demissões, os rodoviários da empresa Garcia firmaram acordo para receber o pagamento integral de março e a empresa estuda fornecer duas cestas básicas; os da Pendotiba e da Nossa Senhora do Amparo (Maricá) farão escala, com dez dias de trabalho, e as companhias também estudam o fornecimento de duas cestas básicas; os da Santo Antônio e da Fortaleza adotarão escala de dez dias; e não houve assembleia na viação Miramar por falta de quórum, uma vez que a empresa está com suas operações praticamente paralisadas.

 Na sexta-feira (20/3), os trabalhadores das seguintes companhias de São Gonçalo decidiram adotar o revezamento de dez dias: Viação Mauá, Icaraí, ABC, Alcântara, Rio Ita, Coesa e Fagundes. Na Brasília, os rodoviários acataram receber uma diária de R$ 70,00 por causa da grave crise financeira, que a empresa atravessa. 

O revezamento por escala garante o pagamento dos dias trabalhados para os profissionais.A redução das operações nas frotas e o programa de escala entre rodoviários foram adotados a partir de brutal queda na arrecadação das empresas, diante das medidas de isolamento determinadas pelas autoridades públicas para o controle da disseminação do coronavírus (Covid-19).


Texto: Thalles Duarte

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